Nunca fixamos olhar.
Nunca nos abraçamos por mais de alguns segundos.
Não era amor, definitivamente não era.
Mesmo estando juntos, nunca estivemos juntos.
Encontro de vaidades.
Barreira de sentimentos, sempre nos quisemos e nunca nos tivemos.
A prova certa de que a guerra de desejos termina na carne.
Não era amor.
Não era nada.
Eu, infinito distante, que em seus olhos, não me encontrava, apenas me perdia,
seus olhos que eu que tanto me inquietavam, não eram galaxias, eram eclipses,
alternava em seu semblante triste e distante a noite e dia
As lembranças são vagas e efêmeras, a incerteza viva de um sonho vago e distante.
Imagens distorcidas, você estava lá e por vezes eu não estava e quando eu estava você não estava.
Mesmo juntos, nunca nos encontramos, estávamos perdidos entre braços, abraços e êxtase corporal.
Finita enquanto nunca foi eterna.
Perguntas, sem respostas, embates de egos, desejos insatisfeitos, saciados de suor, de vontades e
tentativas de ocupar lugares que já cheios, não deram espaços.
Na verdade, no meio de todas as incertezas,
ainda que foi algo, algo nunca seria,
pois, do nada partia e
nada se tornaria.
Ane Roses
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